1 de jun. de 2020

Literatura do Rio Grande do Sul - Poetas modernistas

Poetas modernistas

Mário Quintana, Augusto Meyer e Raul Bopp são usualmente considerados a trindade modernista do Rio Grande do Sul, sendo o poeta Tyrteu Rocha Vianna, considerado pela crítica, o mais dotado dos primórdios da poesia modernista no início do século XX do estado.

São também destaques a poetisa Lila Ripoll, vinculada à segunda geração do modernismo, Felipe D'Oliveira, Carlos Nejar e Armindo Trevisan, Heitor Saldanha, Clóvis Assumpção, Pedro Wayne, Ernani Fornari e Itálico Marcon, entre outros.

Tyrteu Rocha Vianna (São Francisco de Assis, Rio Grande do Sul, 28 de novembro de 1898 - Alegrete, 21 de setembro de 1963) foi um poeta de vanguarda, radioamador, e grande proprietário de terras do Rio Grande do Sul, Brasil.
Seu único livro publicado, Saco de Viagem (1928), tem características formais cubistas e futuristas, bem como neologismos que exploram a linguagem regional do gaúcho. 
O humor do modernismo brasileiro é direcionado, principalmente, à fatos da política local e das cidades vizinhas, com características rurais, localizada no sudoeste rio-grandense, São Francisco de Assis, a qual foi palco de sangrentos combates na Revolução de 1923.
O livro fo publicado pela Editora Globo e pago pelos próprios meios do poeta. Conforme seu filho adotivo, Oscar Ferreira da Costa, o poeta desejava imprimir somente 10 exemplares, para presentear os seus melhores amigos, crendo que não valia a pena mostrar a obra a muitas pessoas. Informado que o custo seria alto e que a tiragem deveria ser de, no mínimo, 1.000 exemplares, o poeta pagou o preço dos mil exemplares, fazendo imprimir apenas os 10 exemplares desejados, com o nome do amigo que seria presenteado impresso.



Mário de Miranda Quintana - "poeta das coisas simples" -(Alegrete, 30 de julho de 1906 — Porto Alegre, 5 de maio de 1994) foi um poeta, tradutor e jornalista brasileiro.
Esconderijos do Tempo é um livro de poesia, publicado em 1980, concedeu ao autor o Prêmio Machado de Assis, da Academia Brasileira de Letras, pelo conjunto de sua obra literária.
Contendo cinquenta poemas breves, quase todos escritos em versos livres ou em forma de prosa poética, mostra-se também um livro de maturidade de Quintana por trazer como temas centrais as suas reflexões sobre a velhice, a morte, o fazer poético e, sobretudo, a memória – questões de natural interesse para um escritor que trazia então em si o conhecimento e a vivência de toda uma longa vida dedicada à literatura.
Um dos traços marcantes de “Esconderijos do Tempo” é a coloquialidade de sua linguagem – aparentemente um estratagema do poeta para tornar seus poemas ainda mais próximos do que seriam verdadeiros diálogos com o leitor ao colocar textualmente traços característicos da oralidade.

Augusto Meyer - modernista lírico dos pampas -(Porto Alegre, 24 de janeiro de 1902 — Rio de Janeiro, 10 de julho de 1970).Foi um jornalista, ensaísta, poeta, memorialista e folclorista brasileiro,introduzindo uma feição regionalista à poesia. Foi membro da Academia Brasileira de Letras e da Academia Brasileira de Filologia, diretor da Biblioteca Pública do Estado e do INL durante cerca de trinta anos em Porto Alegre.
Poemas de Bilu (1929), um dos livros que conquistou renome nacional.



Raul Bopp (Vila Pinhal, 4 de agosto de 1898 — Rio de Janeiro, 2 de junho de 1984) foi um poeta modernista e diplomata brasileiro.
Em 1931 lançou "Cobra Norato", considerado seu principal livro e obra mais importante do movimento antropofágico; um dos mais importantes do modernismo, pela força de suas descrições, pelo lirismo que informa o poema, pelo seu aproveitamento das raízes populares. Nele, o poeta cria um drama épico e mitológico nas selvas amazônicas, incorporando à estrutura do verso livre elementos do folclore e da fala regional.




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