Mostrando postagens com marcador Domínio público. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Domínio público. Mostrar todas as postagens

10 de jan. de 2022

vídeo - Artista Plástico Freddy Sorribas faz homenagem a Erico Verissimo em 1993

Vídeo de Freddy Sorribas na Biblioteca Erico Verissimo CCMQ

 


Anualmente a Biblioteca Erico Verissimo mantinha atividades voltadas para a divulgação das obras de seu patrono. Naquele ano de 1993, foram organizadas programações durante a semana como forma de dar destaque a sua obra literária. Uma delas foi à execução de uma obra pictórica relativa à literatura de Erico Verissimo. Essa obra foi executada nos dias 17 e 18 de dezembro, no espaço interno da Biblioteca, onde ficou exposta até o ano de 2020.





Freddy Enrique Sorribas Crespi (1948 -2017) foi um artista Uruguaio.
Começou a estudar pintura em 1957 e teve a oportunidade de ter aulas com Américo Sposito e Carlos Llanos e a partir desse momento continuou a desenvolver-se como artista, onde utilizou cores fortes e poderosas, bem como o intenso sentimento pessoal sobre elas.
Reconhecido por seus trabalhos, é considerado um artista que desenvolveu suas técnicas de precisão e vigor, além de sua expressão de liberdade. Sua carreira foi premiada em diversos locais como Porto Alegre, Nova York, Buenos Aires e também em Acapulco.




23 de set. de 2020

Pronunciamento do Deputado Estadual Ruy Carlos Ostermann, autor do projeto de lei nº23/83, que deu nome à Casa de Cultura Mario Quintana ao ex-Majestic Hotel.

 Dia 28 de junho de 1983 na Assembleia Legislativa.


"Sr. Presidente, Srs. Deputados:


Nesta casa se presta, neste momento, a homenagem talvez estranha mas indispensável à poesia.

Em tempo de extrema dificuldade para a articulação até mesmo das frases, em tempo de extrema penúria para o conteúdo das frases, em tempo de silêncios, em tempo em que a palavra não se ouve e ela se cala, me parece que lembrar que um prédio, da mais bonita e saudosa arquitetura de Porto Alegre, o ex-majestic Hotel, seja agora transformado em Casa de Cultura e que por iniciativa de um Projeto de Lei desta Casa possa esta Casa de Cultura denominar-se 'Mario Quintana', eu penso que se está, sob muitas formas, agradecendo, retribuindo, devolvendo de algum modo a alegria, a justeza da frase, a capacidade de embevecimento e, sem dúvida, os valores morais, estéticos e de humanidade de um Poeta.

Esta Casa tem se caracterizado pela defesa intransigente de fatos imediatos, dolorosos, cruéis e contundentes. Poucas vezes ela pôde, no entanto, demorar-se numa atitude, talvez, até surpreendente, para abrigar, na generosidade, a um Poeta e designar-lhe então um lugar na cidade, na cidade que ele sempre amou, que ele soube amar nos seus desvios, nas suas esquinas, que ele soube, sobretudo, amar na sua paisagem humana.

Este homem que solidariamente, durante algum tempo, justificou quase que a preservação do ex-Majestic Hotel, esse homem que transitava solitário por aqueles arredores e que lá, certamente escreveu algumas das páginas, alguns dos versos que hão de ficar na memória, na sensibilidade brasileira, está a merecer hoje, nesta Casa - e estou fazendo o encaminhamento da votação - um gesto que eu entendo que é de todos nós, pela forma unânime com que foi acolhido pelos pareceres favoráveis que recebeu, nós estamos finalmente dando de volta, não com a generosidade e nem com a grandeza do Poeta, mas com, enfim, a nossa possibilidade politica, estamos dando de volta alguma coisa desta ampla, indiscutível, admirável, contínua doação ás pessoas, que é a poesia de Mario Quintana.

Penso que assim se faz uma pequena justificativa e com isso se justifica o Projeto, que ora encaminhamos".

A cerimônia de votação, apresentação, pareceres, discursos e leituras foi assistida por grande número de pessoas e, principalmente, por Mario Quintana. Após a aprovação, ovacionada por todos, o Poeta subiu à tribuna para um breve e emocionado pronunciamento que a todos comoveu:

“Aqui estão todas as correntes reunidas em torno da poesia, e é em nome da poesia que agradeço aos senhores”.

 

·        KOSLOWSKY SILVA, Liana. Majestic Hotel – Memórias de um Monumento, v46, p114-115 - 1992


28 de mai. de 2020

Literatura do Rio Grande do Sul - O Pártenon Literário

Na metade do século XIX, em um período de grande efervescência político-social, causado pelos movimentos republicanos e abolicionistas, ocorreu a fundação da Sociedade Pártenon Literário - na cidade de Porto Alegre, cujo presidente era o autor Caldre e Fião. Tal sociedade reuniu diversos intelectuais rio-grandenses da província de São Pedro que exploraram os mais variados gêneros literários. Os nomes mais importantes foram Caldre e Fião, os irmãos Apolinário, Aquiles e Apeles Porto-Alegre, Carlos Von Koseritz, Lobo da Costa, Hilário Ribeiro, Múcio Teixeira e Luciana de Abreu. O grupo também produziu uma revista, que seria o mais importante veículo de circulação do debate cultural gaúcho do período.

O Pártenon Literário cessou suas atividades literárias por volta de 1896.

Livraria Americana, na Rua da Praia X Rua da Ladeira, era ponto de encontro dos associados no fim do século XIX.
 

Duas obras do período que pode se destacar: 


Caldre e Fião - José Antônio do Vale Caldre e Fião (Porto Alegre, 15 de outubro de 1821 — 30 de março de 1876) foi um escritor, jornalista, político, médico e professor brasileiro. É considerado o patriarca da literatura gaúcha.

A Divina Pastora, romance, 1847;(o primeiro romance da literatura gaúcha e o segundo da história da literatura do Brasil). Publicado no Rio de Janeiro, com o subtítulo “Novela Rio-grandense”, dele, porém, não se conhecia um só exemplar, pois todos os da primeira edição tinham desaparecido misteriosamente, de modo que a obra se transformou em um dos maiores enigmas. Depois de 145 anos de grandes esforços de bibliófilos e pesquisadores, finalmente, em 1992, o livreiro Adão Fernando Monquelat, de Pelotas, localizou em Montevidéu, no Uruguai, o único exemplar até hoje conhecido de A Divina Pastora, que foi reeditado pela RBS no mesmo ano.
Caldre e Fião pertence a tradição do “folhetim”. Tratava-se de narrar uma sequência de aventuras em sucessão episódica, cuja leitura podia ser feita capítulo a capítulo, independentemente do resultado final. Via de regra, cada episódio correspondia a um “rodapé“ do jornal em que o romance era publicado.

























Apolinário - Apolinário José Gomes Porto-Alegre (Rio Grande, 29 de agosto de 1844 — Porto Alegre, 23 de março de 1904) foi um escritor, historiógrafo, poeta e jornalista brasileiro. É considerado um dos autores mais importantes do Rio Grande do Sul.
A obra de Apolinário Porto-Alegre possui como características o regionalismo e o romantismo. O Rio Grande do Sul é a temática de várias publicações, sendo sua principal O Vaqueano, de 1872. Alguns críticos afirmam que a obra foi inspirada no livro O Gaúcho, de José de Alencar.


fonte:

A Livraria do Globo da Rua da Praia

  A escultura de ferro no topo do prédio da Rua dos Andradas (Rua da Praia), talvez continue despercebida devido à pressa dos dias de hoje. ...